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Por que quando alguém é preso em flagrante horas depois é solto?

Por que quando alguém é preso em flagrante horas depois é solto?

   A prisão em flagrante é nada mais é do que a visibilidade do delito, e esta certeza visual da prática de um crime gera a obrigação para os órgãos públicos e a faculdade para os particulares de evitar a continuação do crime (veja o diz o artigo 301 do CPP), podendo deter o autor. No mais, a flagrância de delitos é também um ponto crítico em nosso ordenamento jurídico penal, visto que, quando uma pessoa é presa em estado de flagrância, dificilmente será absolvido, pois, para o Juiz, existirá poucas dúvidas de que houve o crime e quem o praticou.

 Todavia, por mais que o magistrado vá condenar a pessoa presa em flagrante e tenha em suas mãos elementos que supostamente provem a ocorrência do delito, não pode o juiz, sem a formalidade de um devido processo legal, aplicar a pena de privação de liberdade, visto que a Constituição Federal, no seu famoso artigo , inciso LIV, estabelece a necessidade do processo para aplicar a pena.

 Está aí um motivo pelo qual alguém, mesmo que preso em flagrante, é solto poucas horas após ser preso, pois ainda não houve o Devido Processo Legal, e isto leva tempo para que ocorra (de meses a anos); noutras palavras, há um lapso temporal (que vai desde da confecção de um boletim de ocorrência até uma sentença) no qual o indiciado deverá permanecer soltou. E o processo legal pelo qual o flagrante deve passar, via de regra, é o que está no Decreto-Lei nº. 3.689/1941 (Código de Processo Penal).

 Outro motivo que faz com que o preso em flagrante fique solto, é que o flagrante não é uma Medida Cautelar, e o que seria isso? É uma medida que viabiliza a prisão de alguém, respeitando todos os trâmites legais para que ela ocorra, e estes trâmites estão previsto tanto no CPP (prisão Preventiva, do artigo 311 ao 316) ou na lei de prisão temporária (7.960/89). A Doutrina classifica a prisão em flagrante como uma medida pré-cautelar, ou seja, ela é um ato que pode gerar outras medidas, como uma prisão preventiva, ou mesmo uma medida diferente da prisão (medidas previstas no artigo 319, CPP).

 Por fim, mais um fundamento que faz com que a pessoa presa em flagrante não fique preso, é que o crime que ela praticou pode estar dentro de um excludente de ilicitude (quando a pessoa, por exemplo, mata outra para se defender) e todo o contexto é que vai dizer se o criminoso deve ou ser condenado, e é no processo que ele responderá, com um Advogado constituído, que será provada, ou não, a inocência da pessoa do réu, se a pessoa praticou o crime em legitima defesa, logo ela deve responder em liberdade; portanto, por mais que ela tenha praticado um fato que realmente é crime, este fato torna-se não punível, já que ele é considerado uma pratica não errada, não ilícita, ou seja, retira-se do ato sua ilegalidade, por isso Excludente de Ilicitude.

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